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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

História dos Judeus 2ª Parte

Contudo, desde a Baixa Idade Média até hoje os judeus vêm sofrendo



perseguições. Os judeus foram deportados da Inglaterra e da França


nos séculos XIII e XIV; na Espanha, começaram a ser perseguidos no


século XV e acabaram expulsos em 1492. Na Noruega, uma lei


aprovada em 1687 negava a qualquer judeu o acesso ao país sem


permissão especial, e a Constituição norueguesa de 1814 conservou


esse embargo. A "cláusula judaica" só foi anulada em 1851.


Sem dúvida, a pior de todas as perseguições sofridas pelos judeus


ocorreu na Alemanha entre 1933 e 1945. Acredita-se que 6


milhões de judeus foram exterminados durante o regime nazista.


Fazia muito tempo que os judeus vinham tendo uma participação


proeminente na vida cultural da Europa Central, como artistas,


cineastas, escritores e cientistas. Também havia jornais e livros,


filmes e peças de teatro que circulavam em iídiche, língua


semelhante ao alemão mas escrita com caracteres hebraicos, falada


por muitos judeus.


Mesmo nos períodos em que não havia perseguição direta,


com freqüência os judeus eram tratados como párias sociais. Eles


eram forçados a adotar nomes facilmente reconhecíveis e a morar em


áreas especiais da cidade, os chamados guetos. Numa época em que a


agricultura consistia no meio mais comum de subsistência, era-lhes


proibido possuir terras, o que os impeliu a se destacar no comércio.


Diferentemente dos muçulmanos e dos católicos, sua religião lhes


permitia ganhar juros emprestando dinheiro, e muitos deles se


tornaram importantes banqueiros.


As expectativas messiânicas e o sionismo


Durante milhares de anos os judeus esperaram um Messias


que viria criar um reino de paz na Terra. As raízes históricas dessa


expectativa datam da idade de ouro de Israel, no reinado de Davi,


quando os reis eram ungidos ao subir ao trono. Na verdade, a


palavra Messias significa "o ungido". Desde a época do exílio


babilônico os judeus alimentaram a esperança e a crença de que


chegaria um Messias, um novo rei saído da linhagem de Davi. Esse rei


ideal iria restabelecer Israel como uma grande potência, e seu povo


passaria a viver em eterna felicidade.


Até hoje a expectativa da chegada do Messias continua viva (para alguns judeus)


em muitos judeus. Mas nem todos pensam no Messias como uma


pessoa; falam, em vez disso, numa futura "era messiânica": um estado


de paz na Terra, no qual Israel assumiria um papel de destaque. Alguns


judeus acreditam que a fundação de Israel, em 1948, cumpriu as


expectativas messiânicas que seu povo conservou de geração em


geração.


A fundação do Estado de Israel constituiu a culminância de


um longo processo cujos primeiros passos foram dados no final do


século XIX, quando muitos judeus começaram a falar sobre a


possibilidade de voltar para sua antiga pátria. Isso representou o


reforço palpável de um antigo desejo, que é repetido pelos judeus


todos os anos na Páscoa: "No ano que vem em Jerusalém". O escritor


e jornalista Theodor Herzl (1860-1904), em seu influente livro O


Estado judaico, argumentava que, como nem a integração e


assimilação dos judeus aos países onde viviam conseguira acabar


com a perseguição a eles, a única solução seria lhes dar um Estado


próprio. Essa idéia foi chamada de sionismo, palavra vinda de monte


Sião, colina sobre a qual Jerusalém foi parcialmente construída.


Naquela época havia apenas cerca de 25 mil judeus vivendo


na Palestina; a partir daí, porém, iniciou-se uma considerável onda


de imigração, em especial de judeus russos. Mas os planos para


fundar um país próprio progrediam devagar, em parte porque na


época a Palestina era uma colônia britânica. Entretanto, a


perseguição nazista aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial


gerou uma situação inteiramente nova. Terminada a guerra, a nova


República de Israel foi proclamada em 1948. Muitos antigos sionistas


desejavam criar um Estado laico, secular, mas os judeus ortodoxos

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